Deus eterno e todo-poderoso, que destes a Santo Apolinário a
graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão,
suportar por vosso amor as adversidades e correr ao encontro de vós, que sois a
nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
O nome, o culto, e a glória de santo Apolinário são legados
que recebemos da história, e também da arte de Ravena, a capital do Império
Bizantino no Ocidente, no período entre meados do século I e o século II.
Existem, ali, duas grandiosas igrejas dedicadas a Santo
Apolinário, ambas célebres na história da arte e do cristianismo. Na igreja
nova de Santo Apolinário, no centro da cidade, encontramos o célebre mosaico
representativo, mais extenso do que um quarteirão, com todos os mártires e as
virgens. No destaque, encontra-se Santo Apolinário. Na outra igreja, fora da
cidade, está o outro esplêndido mosaico, no qual, pela primeira vez, a figura
de um Santo, e não a de Cristo, ocupa o centro de uma composição, circundado
por duas fileiras de ovelhas.
Apolinário, o primeiro bispo de Ravena,
segundo a tradição, teria sua origem no Oriente. A mando do próprio apóstolo Pedro, de quem
foi discípulo, foi enviado para converter os pagãos nas terras ao
norte do Império Romano.
A sua obra de evangelização transcorreu num ambiente repleto
de imensas dificuldades, fruto do ódio, do egoísmo, da incredibilidade que o
cercavam, além do culto aos ídolos pagãos que teve de combater. Dedicou toda a
sua vida ao apostolado. Embora representado sereno e tranquilo no mosaico da
cidade, na realidade era um homem de vida dura, combativa e atuante. Apolinário
sempre foi considerado um mártir. Mártir de um suplício muito longo, que foi
todo o seu episcopado.
Foi enviado a Ravena para lá pregar a fé. Sua primeira obra,
ao chegar àquela cidade, foi a de devolver a visão ao filho de um soldado ao
qual ele havia pedido abrigo; alguns dias depois, curou a mulher de um tribuno,
que padecia de uma doença incurável. Isso foi o suficiente para causar a
conversão de um grande número de pessoas, e logo se formou na cidade uma
cristandade florescente. Traduzido diante do governador pagão, Apolinário
pregou Jesus Cristo, desprezou o ídolo de Júpiter e viu-se expulso da cidade
pelo furor popular, que o deixou semimorto.
Após algumas pregações nos países vizinhos, Apolinário
retornou a Ravena e foi à casa de um nobre patrício que havia mandado chamá-lo
para curar sua filha, que estava à morte. Mas o apóstolo só apareceu no momento
em que a doente deu o último suspiro. Chegando perto do leito fúnebre, o santo
dirigiu a Deus uma fervorosa oração: “Em Nome de Cristo, minha jovem, levanta-te”, disse ele, “e confesse que não há outro Deus além d’Ele!” A moça
levantou-se, cheia de vida, e exclamou: “Sim, o Deus de Apolinário é o Deus
verdadeiro!” Em seguida a este novo prodígio, trezentos pagãos se
converteram e receberam o batismo, a exemplo da moça e de seu pai.
Mas o sucesso cada vez maior do cristianismo em Ravena logo
desencadeou novas perseguições contra o apóstolo de Jesus Cristo. Ele precisou
submeter-se a um novo interrogatório, que serviu apenas para avivar ainda mais
a sua coragem e a dar-lhe ocasião de explicar os mistérios da nossa fé.
Apolinário teve que sofrer os mais atrozes suplícios, a flagelação, o cavalete,
o óleo fervente, depois os horrores da fome numa prisão infecta. Mas Deus se
encarregava de alimentá-lo através de Seus anjos. Os carrascos o exilaram na
Ilíria. Este exílio deu-lhe condições de pregar a fé a novos povos e de
espalhar, assim, a luz do Evangelho. A
perseguição o reconduziu a Ravena após três anos de ausência.
Esta foi a última etapa de sua vida. Apanhado assim que desembarcou, Apolinário
assombrou seus perseguidores ao fazer desabar, com apenas uma oração, o templo
de Apolo. Devolveu a visão ao filho do seu juiz, dizendo-lhe: “Em Nome de Jesus
Cristo, abra os teus olhos e veja!” Uma multidão de pagãos se
converteu à fé cristã; mas a raiva dos corações endurecidos apenas cresceu e
logo Apolinário coroou sua vida com um martírio glorioso.
Ele não viu o resultado de sua obra, que só se revelou após
a sua morte. A população da nova capital do Império Romano tornou-se
exclusivamente cristã, reforçando suas raízes no próprio culto de seu primeiro
bispo, considerado por eles um exemplo de santidade.
Dessa maneira se explica a grande devoção a ele, não somente
em Ravena, mas em muitas outras localidades da Itália, da França e da Alemanha.
Aliás, nessas regiões, foi amplamente difundida, devido os mosteiros
beneditinos e camaldulenses que Apolinário ali fundara.
Apolinário morreu como mártir da fé no dia 23 de julho,
durante as primeiras perseguições impostas contra os cristãos. Entretanto não
se encontrou nenhuma referência indicando o ano e a localidade. Suas relíquias,
encontradas nas catacumbas, foram enviadas para a catedral de santo Apolinário,
em Ravena, na Itália. A tradicional festa de Santo Apolinário, Padroeiro de
Ravena, em 23 de julho, foi mantida pela Igreja.
Segundo o Martirólogio Romano foi ordenado bispo por São
Pedro e enviado a Ravena, onde foi martirizado por ordens de Vespasiano. O dies
natalis, ou data do martírio, corresponde a 23 de julho, enquanto seu dia de
santo é 20 de julho. Segundo outras lendas, teria vivido no século II e teria
sido martirizado provavelmente durante o reinado do imperador Valente.
No local do martírio, no porto de Ravena, foi erguido no
século VI a Basílica de Santo Apolinário em Classe. As relíquias do santo foram
levadas no século IX para a cidade, para uma igreja que naquele momento foi
batizada de Basílica de Santo Apolinário Novo, tendo somente regressados à
antiga basílica no momento de sua reconsagração, em 1748.
Fonte: Edições Paulinas - hagiosdatrindade.blogspot.com.br
- Wikipédia
Foto retirada da internet
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