Desde o início,
Pedro é representado nos Evangelhos como o primeiro dos apóstolos. Em todas as
listas ou catálogos dos nomes dos apóstolos, Pedro figura sempre em primeiro
lugar. E, nos momentos decisivos, em que a missão de Cristo envolve crise, é
sempre São Pedro o porta-voz dos apóstolos, o primeiro a proclamar a fé da
Igreja primitiva. Seu nome de família era Simão, filho de Jonas, mas Jesus, no
primeiro encontro, mudou-lhe o nome para Pedro, pedra-rocha, e mais tarde dá a
razão disso (Mt 16,13-20). Pedro era irmão de André, nascido em Betsaida, era
pescador de profissão, casado e morava em Cafarnaum, quando Jesus o chamou ao
apostolado. No Evangelho, ele aparece como homem de temperamento impulsivo, mas
leal, expansivo, generoso e, sobretudo, muito apegado ao Mestre.
Paulo nasceu
provavelmente nos primeiros anos da era cristã, em Tarso da Cilícia hoje
ocupada pela Turquia. Embora judeu, a Paulo se atribui o título de
cidadão romano, talvez por privilégio anexo à cidade de Tarso. Usava um nome
judeu, Saulo, e outro romano, Paulo, com o qual foi melhor conhecido. Aprendeu
a língua grega que se falava em Tarso e a aramaica, usada na Palestina. De
Tarso foi para Jerusalém onde recebeu sólida formação nas Sagradas Escrituras e
nos métodos da tradição dos rabinos. Ele se diz da tribo de Benjamim,
pertencendo à seita fanática dos fariseus. Teve por mestre o célebre fariseu
Gamaliel e tornou-se ele mesmo fervoroso e defensor da lei antiga e da tradição
dos antepassados. Era fabricante de tendas.
A solenidade
de São Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior
até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste
dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a
segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de
São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da
profanação nos tempos difíceis.
E mais:
depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos
que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de
junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de
fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro,
reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.
Antigamente,
julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano
e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido
em ocasiões diferentes, com São Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na
colina Vaticana e São Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há
certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.
A morte de Pedro
poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados
após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o
martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.
Há outras raízes
ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a
Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e São Paulo não fundaram a cidade, mas
são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império,
com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os
dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e
pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas
do Mestre.
São Pedro é o
apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro
papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu
és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho
santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da
unidade e da comunhão na fé e na caridade.
São Paulo, que foi
arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco,
como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior
missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".
São Pedro e São
Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o
farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.
Aqui no Brasil esta festa é também popularmente chamada o
Dia do Papa que é o sucessor de Pedro. De Pedro a Francisco tivemos 266 papas.
Porém, é importante lembrar que ao lado de Pedro estamos celebrando também o
grande missionário São Paulo.
Pedro e Paulo são considerados “colunas da Igreja”: Pedro
recordando mais a instituição; Paulo, o carisma e a pastoral. Exerceram
atividades bastante diferentes em campos diferentes. Nem sempre concordaram um
com o outro. Porém, “O amor de Cristo e a força do testemunho os uniram na vida
e no martírio. Em ambos, quer na vida, quer no martírio, prolongam-se a vida,
paixão, morte e ressurreição de Cristo”. (cf.Bortolini, em Roteiros
Homiléticos, 2007, p. 756).
Fonte:
Edições Paulinas - Cadê meu Santo - O
SANTO DO DIA, Dom Servilio Conti, ©1997 Vozes - Pe. Brendan Coleman Mc Donald
Foto retirada da internet
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