Os
sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à
Igreja, por meio dos quais nos é dispensada a vida divina. Os ritos visíveis
sob os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças
próprias de cada sacramento.
Os
sacramentos da nova Lei foram instituídos por Cristo e são em número de sete, a
saber:
Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Unção dos
Enfermos, Ordem Matrimônio.
Os
sete sacramentos tocam todas as etapas e momentos importantes da vida do
cristão: outorgam nascimento e crescimento, cura e missão à vida de fé dos
cristãos. Há aqui certa semelhança entre as etapas da vida natural e as da vida
espiritual. (São Tomás de Aquino, Summa
theologiae,)
OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ
Batismo, Confirmação e Eucaristia.
Através
dos sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia são
lançados os alicerces para toda a vida. Nascidos para uma vida nova pelo Batismo,
os fiéis são efetivamente fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e recebem
na Eucaristia o Pilo da vida eterna.
BATISMO: O Santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o
pórtico da vida no Espírito e a porta que dá acesso aos outros sacramentos.
Pelo Batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus:
tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados
participantes na sua missão. (Cf. Concílio de Florença, Decretum pro Armenis) «O Batismo pode definir-se como o
sacramento da regeneração pela água e pela Palavra» (CatRom 2, 2, 5, p. 179).
CONFIRMAÇÃO: Com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação
constitui o conjunto dos «sacramentos da iniciação cristã», cuja unidade deve
ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste
sacramento é necessária para a plenitude da graça batismal. (Cf. Ordo Confirmationis, Praenotanda 1). Com
efeito, os batizados «pelo sacramento da Confirmação, são mais perfeitamente
vinculados à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e
deste modo ficam mais estritamente obrigados a difundir e a defender a fé por
palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo» (II Concílio do
Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium).
EUCARISTIA: A Sagrada Eucaristia completa a iniciação cristã. Aqueles
que foram elevados à dignidade do sacerdócio real pelo Batismo e configurados
mais profundamente com Cristo pela Confirmação, esses, por meio da Eucaristia,
participam, com toda a comunidade, no próprio sacrifício do Senhor. «O nosso
Salvador instituiu na última ceia, na noite em que foi entregue, o sacrifício
eucarístico do seu corpo e sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos,
até voltar, o sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o
memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade,
vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche
de graça e nos é dado o penhor da glória futura» (II Concílio do Vaticano, Sacrosactum concilium, 47).
OS SACRAMENTOS DE CURA
Penitência e Unção dos enfermos
Pelos
sacramentos da iniciação cristã, o homem recebe a vida nova de Cristo. Ora,
esta vida, nós trazemo-la «em vasos de barro». Por enquanto, ela está ainda
«oculta com Cristo em Deus» (Cl 3, 3). Vivemos ainda na «nossa morada terrena»
(Cf. 2 Cor 5, 1), sujeita ao
sofrimento à doença e à morte. A vida nova de filhos de Deus pode ser
enfraquecida e até perdida pelo pecado. O Senhor Jesus Cristo, médico das
nossas almas e dos nossos corpos, que perdoou os pecados ao paralítico e lhe
restituiu a saúde do corpo (Cf. Mc,
2, 1-12) quis que a sua Igreja continuasse, com a força do Espírito Santo, a
sua obra de cura e de salvação, mesmo para com os seus próprios membros. É esta
a finalidade dos dois sacramentos de cura: o Sacramento da Penitência e o da
Unção dos enfermos.
PENITÊNCIA: «Aqueles que se aproximam do Sacramento da Penitência
obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo,
são reconciliados com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual,
pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão» (II Concílio do
Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 11).
A UNÇÃO DOS ENFERMOS: «Pela santa Unção dos Enfermos e pela
oração dos presbíteros, toda a Igreja encomenda os doentes ao Senhor, sofredor
e glorificado, para que os alivie e os salve: mais ainda, exorta-os a que,
associando-se livremente à paixão e morte de Cristo, concorram para o bem do
povo de Deus» (Cf. Mc 2, 17).
OS SACRAMENTOS A SERVIÇO DA COMUNHÃO
Ordem e o Matrimônio
O
Batismo, a Confirmação e a Eucaristia são os sacramentos da iniciação cristã.
São o fundamento da vocação comum de todos os discípulos de Cristo – vocação à
santidade e à missão de evangelizar o mundo. Dois outros Sacramentos, a Ordem e
o Matrimônio, são ordenados para a salvação de outrem. Se contribuem também
para a salvação pessoal, é através do serviço aos outros que o fazem. Nestes Sacramentos,
aqueles que já foram consagrados pelo Batismo e pela Confirmação (Cf. II
Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen
Gentium, 10) para o sacerdócio comum de todos os fiéis, podem receber
consagrações particulares. Os que recebem o Sacramento da Ordem são consagrados
para serem, em nome de Cristo, «com a palavra e a graça de Deus, os pastores da
igreja» (II Concílio do Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 11). Por seu lado, «os esposos cristãos são
fortalecidos e como que consagrados por meio de um sacramento especial (Matrimônio)
em ordem ao digno cumprimento dos deveres do seu estado» (II Concílio do
Vaticano, Const. past. Gaudium et
spes, 48).
ORDEM: A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada
por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos
tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico. E compreende três
graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado.
MATRIMÔNIO: «O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher
constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole
natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os
batizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento» (CIC can.
1055. § 1).
Fonte: vatican.va/ - Catecismo da Igreja
Católica
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