Santos Doutores da Igreja Católica

Os Doutores da Igreja são homens e mulheres ilustres que, pela sua santidade, pela ortodoxia de sua fé, e principalmente pelo eminente saber teológico, atestado por escritos vários, foram honrados com tal título por desígnio da Igreja. Os Doutores se assemelham aos Padres da Igreja, dos quais também diferem, corno se vera a seguir.

Padres da Igreja são aqueles cristãos (Bispos, presbíteros, diáconos ou leigos) que contribuíram eficazmente para a reta formulação das ver­dades da fé (SS. Trindade, Encarnação do Verbo, Igreja, Sacramentos...) nos tempos dos grandes debates e heresias. O seu período se encerra em 604 (com a morte de S. Gregório Magno) no Ocidente e em 749 (com a morte de S. João Damasceno) no Oriente. 

Para que alguém seja considerado Padre da Igreja, requer-se antiguidade (até os séculos VII/VIII), ao passo que isto não ocorre com um Doutor. Para os Padres da Igreja, basta o reconhecimento concreto, não explicitado, da Igreja, ao passo que para os Doutores se requer uma proclamação explicita feita por um Papa ou por um Concílio. Para os Padres, não se requer um saber extraordinário, ao passo que para um Doutor se exige um saber de grande vulto.

Por conseguinte, o que caracteriza um Padre da Igreja é principalmente a sua antiguidade; ao contrário, o Doutor se identifica precipuamente pelo seu saber notório. Isto, porém, não impede que haja Padres da Igreja que também são Doutores, como se verifica, por exemplo, no caso dos maiores Padres do Ocidente (S. Ambrósio, S. Agostinho, S. Jerônimo, S. Gregório Magno) e no dos quatro majo­res Padres do Oriente (S. Atanásio, S. Basílio, S. Gregório de Nazianzo e S. João Crisóstomo). São os oito grandes Doutores da Igreja.

Esta terminologia, precisa como é, não era usual na antiguidade, pois a palavra doutor tinha o sentido de doctor, docente, mestre, de modo que eram doutores antigamente aqueles que conheciam bem os artigos da fé e os sabiam explanar com clareza. São Paulo parece aludir a este sentido amplo de mestre, quando diz que o Senhor “cons­tituiu apóstolos, profetas, evangelistas, pastores em sua Igreja” (cf. Ef 4,11; ver 2Cor 12,28; At 13,1).

Com o tempo, o titulo de Doutor foi-se tornando mais especifico; a princípio era atribuído somente a Padres da Igreja, isto é, aqueles Padres que sobressaíram por seu brilho doutrinário.

Interessante é notar que nenhum mártir foi proclamado doutor da Igreja (tal poderia ter sido o caso de S. Cipriano de Cartago, vigoroso defensor da unidade da Igreja),… e não o foi porque o martírio é considerado o maior título de glória, que não necessita de algum complemento para enaltecer a figura do cristão. No século XVI a Igreja abriu mão da nota da antiguidade e passou a designar como Doutores figuras de épocas mais recentes. A primeira proclamação neste sentido foi feita pelo Papa S. Pio V, aos 11/4/1567, em favor de S. Tomas de Aquino (+ 1274). Outras proclamações ocorreram posteriormente, como se depreende da lista publicada a seguir.

DOUTORES DA IGREJA


1.    Atanásio
2.    Efrém
3.    Hilário de Poitiers
4.    Cirilo de Jerusalém 
5.    Basílio Magno
6.    Gregório Nazianzeno
7.    Ambrósio de Milão
8.    Jerônimo
9.    João Crisóstomo
10.  Agostinho
11.  Cirilo de Alexandria
12.  Pedro Crisólogo
13.  Leão Magno
14.  Gregório Magno
15.  Isidoro
16.  João Damasceno
17.  Beda Venerável
18.  Pedro Damião
19.  Anselmo da Cantuária
20.  Bernardo de Claraval
21.  S. Antônio de Pádua
22.  Alberto Magno
23.  S. Boaventura
24.  Tomás de Aquino
25.  Catarina de Sena
26.  Teresa de Ávila
27.  Pedro Canisio
28.  João da Cruz
29.  Roberto Belarmino
30.  Lourenço de Brindes
31.  Francisco de Sales
32.  Afonso Maria de Ligório
33.  Teresa de Lisieux
34.  João D’Ávila
35.  Hildegarda de Bingen
36.  Gregório de Narek

Fonte: Cleofas - Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” - D. Estevão Bettencourt, osb Nº429 Ano:1998 p.87
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