Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “C” Lucas
Antífona: Antífona: Salmo 83,10-11 Ó Deus, nosso protetor,
volvei para nós o vosso olhar e contemplai a face do vosso ungido, porque um
dia em vosso templo vale mais que outros mil.
Oração do Dia: Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não
podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos
em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam
todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
Primeira Leitura: Profecia de
Ezequiel 36,23-28
Assim fala o Senhor: “Vou mostrar a santidade do meu grande
nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor
– oráculo do Senhor Deus –, quando eu manifestar minha santidade à vista delas
por meio de vós. Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os
países, e vos conduzirei para a vossa terra.
Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu
vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. Eu vos darei um
coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo
o coração de pedra e vos darei um coração de carne; porei meu espírito dentro
de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus
mandamentos. Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu
serei o vosso Deus”. - Palavra do Senhor.
Comentário: Deus é santo e intervém para
libertar os homens do pecado, das falsas divindades que os próprios crentes
veneram, quando elevam ideais, coisas, meios, a valores absolutos. Diz Ezequiel
que Deus lança fora estas “sujeiras” (ídolos) para renovar internamente o
homem, tornando “novos” seu espírito e seu coração. É como uma “nova criação”
(cf Gn 2,7) na qual é comunicado ao homem um novo princípio de vida, uma nova
capacidade de pensar e viver, capacidade divina, porque verdadeiramente
“humana”. Muitas vezes o próprio povo de Deus, que somos nós, “desonra” o nome
de Deus: devemos todos bater no peito por nossas próprias infidelidades; do
contrário não nascerá um “renovado” povo de Deus, empenhado na salvação de
todos, na ajuda e perdão recíproco. (Missal Cotidiano)
Salmo: 50,12-13. 14-15.
18-19 (R. Ez 36,25)
Eu hei de derramar
sobre vós uma água pura, e de vossas imundícies sereis purificados
Criai em mim um
coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me
afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso santo Espírito!
Dai-me de novo a
alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Ensinarei vosso
caminho aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados.
Pois não são de
vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu
sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!
Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus 22,1-14
Naquele tempo, Jesus voltou a
falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: O Reino
dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu
filho. E mandou os seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes
não quiseram vir. O rei mandou outros empregados, dizendo: Dizei aos
convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram
abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa! Mas eles não fizeram caso: um
foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os
empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou indignado e mandou suas
tropas, para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles.
Em seguida, o rei disse aos
empregados: A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram
dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a
festa todos os que encontrardes. Então os empregados saíram pelos caminhos e
reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia
de convidados.
Quando o rei entrou para ver os
convidados observou ali um homem que não estava usando traje de festa e
perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa? Mas o homem nada
respondeu. Então o rei disse aos que serviam: Amarrai os pés e as mãos desse
homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes. Porque
muitos são chamados, e poucos são escolhidos. - Palavra da Salvação.
Comentários:
A
proposta de Jesus é feita para todas as pessoas de boa vontade, mas exige
resposta incondicional e adesão aos valores do Reino e ao seu projeto. Muitos
valores da sociedade atual apresentam-se como concorrentes aos valores do Reino
e fazem com que outras escolhas sejam possíveis, assim como a possibilidade de
rejeição do projeto de Cristo. Mas também acontece que algumas pessoas dão a
sua adesão ao projeto de Jesus, no entanto se tornam pessoas divididas porque
não conseguem deixar os valores anteriores e a suas vidas são caracterizadas
pela duplicidade. Essas pessoas participam do banquete, mas as suas vestes não
são apropriadas. (CNBB)
A
parábola evangélica resulta numa releitura da história de Israel e da Igreja. O
convite para participar do banquete preparado pelo rei, por ocasião do
matrimônio de seu filho, expressa o amor de Deus por seu povo. O povo eleito
era o convidado especial para participar do lauto banquete. Nada mais natural
do que responder afirmativamente, pois ter sido objeto da deferência de um rei
é algo de extrema relevância. Os convidados, porém, recusam-se a comparecer,
apesar da insistência do rei que, por duas vezes, enviou seus emissários para
convencê-los a vir. Estes não fizeram caso. Cada um foi para os seus afazeres.
Pior ainda, pegaram os servos, maltrataram-nos, e os mataram. Simbolicamente
aqui está retratada a atitude insensata do povo de Israel que se recusou a
ouvir os apelos à conversão, que lhe foram dirigidos através dos séculos, por
meio dos profetas. Por isso, foi castigado com a destruição, pelas mãos dos
romanos. Estando pronto o banquete e tendo os primeiros convidados sido
indignos de participarem dele, o rei mandou seus emissários pelos caminhos para
reunirem maus e bons, de forma que a sala do banquete ficou repleta. Em outras
palavras, tendo Israel recusado o convite divino, este foi dirigido aos pagãos
que o acolheram, de maneira a formar o verdadeiro povo de Deus, a Igreja. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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