Nossa Senhora da Assunção - Solenidade - 15 de agosto

Ó dulcíssima soberana, Rainha dos Anjos, bem sabemos que, miseráveis pecadores, não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas, mas sabemos também que a vossa grandeza não vos faz esquecer a nossa miséria e, no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta cada vez mais para conosco. Do alto desse trono em que reinas sobre todos os anjos e santos, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos; vede a quantas tempestades e mil perigos estaremos, sem cessar, expostos até o fim de nossa vida! Pelos merecimentos de vossa bendita morte obtende-nos o aumento da fé, da confiança e da santa perseverança na amizade de Deus, para que possamos, um dia, ir beijar os vossos pés e unir as nossas vozes às dos espíritos celestes, para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no céu. Amém!

No decorrer do ano litúrgico a Igreja celebra três grandes festa a Virgem Maria: 1º de janeiro - Maria Mãe de Deus, 15 de agosto - Assunção de Nossa Senhora (devido não ser feriado transfere-se para o domingo seguinte), e 08 de dezembro - Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

Padre Dr. Brendan Coleman Mc Donald (1)

A Assunção de Maria é dogma católico solenemente definido através da Constituição “Munificentissimus Deus” do 1º. de novembro de 1950 pelo Papa Pio Xll, que proclama a elevação em corpo e alma da Virgem Maria ao céu. Liturgicamente é celebrada na Igreja Católica no domingo subsequente ao dia 15 de agosto. A crença na Assunção é tradicional na Igreja, mas foi, sobretudo no século XVII que se tornou objeto de uma verdadeira construção teológica em reação contra o Jansenismo. Maria é dita pelo anjo Gabriel “cheia de graça”. Este é quase o nome próprio da Virgem – o anjo não a chama “Maria” mas “cheia de graça”. (Lc. 1,28). Isto quer dizer que Maria nunca esteve sujeita ao império do pecado. Em consequência, não podia ficar sob o domínio da morte, que entrou no mundo através do pecado (Rm 5,12). Sendo assim, é lógico dizer que ela não conheceu a deterioração da sepultura, sendo glorificado não somente em sua alma, mas também em seu corpo.

Será que este mistério exclui talvez a morte natural de Maria? Não há registros históricos do momento da morte de Maria. Diz uma tradição cristã antiga que ela teria morrido no ano 42 d.C. Desde os primeiros séculos, usa-se a expressão “dormição”, do latim “domitare” em vez de “morte”. Antigamente alguns teólogos e santos da Igreja Católica, sustentam que Maria não teria morrido, mas teria “dormitado” e assim levado ao céu. Hoje, teólogos sustentam que Maria não teve este privilégio uma vez que o próprio Jesus passou pela morte. O que a Igreja Católica ensina é que o corpo de Maria foi preservado das conseqüências da morte, que são a corrupção e a decomposição.

O Concílio Vaticano ll retomou totalmente a doutrina definida, quando afirma que “a Imaculada Virgem, preservada imune de toda a mancha original, terminado o curso da sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma à glória celeste. E, para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho… foi exaltada pelo Senhor com a Rainha do universo” (Lumen Gentium, n.59). Sempre foi crença pacífica dos católicos que o corpo da Virgem, concebido imaculado, sem a nódoa do pecado original, corpo que não conheceu sombra do pecado, corpo que foi o berço onde tomou carne o próprio Verbo de Deus ao fazer-se homem, não podia estar sujeito à corrupção, mas devia ser glorificado junto com a alma na glória celeste. Maria, elevada ao céu em corpo e alma, recorda-nos, de maneira viva, o nosso último destino. A Assunção de Maria está diretamente ligada a sua união com Jesus Cristo; portanto, a fundamentação vem da maternidade virginal e a isenção do pecado original. Assim, esta união íntima de Maria com o corpo de Jesus Cristo é um argumento forte para crer que o seu corpo teve o mesmo destino do corpo de Jesus, isto é, não foi tocado pela destruição da morte.

Assunção da Virgem Maria (2)

Não há maior glória do que a que recebeu Maria, escolhida para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus. De seu ventre virginal nasceu o Salvador da humanidade. Por isso, Deus lhe reservou a melhor das recompensas. Terminado seu tempo de vida terrestre, Maria foi "assunta", isto é, levada ao céu em corpo e alma. O que a tradição cristã diz é que Ela nem mesmo morreu, apenas "dormiu". Narra também que foram os anjos Gabriel e Miguel que A levaram ao céu. Deus queria conservar a integridade do corpo daquela que gerou seu Filho.

A solenidade da Assunção da Virgem Maria existe desde os primórdios do catolicismo. No início era celebrada a Dormição de Nossa Senhora. Esta festa veio a ser oficializada para os católicos orientais no século VII com um edito do imperador bizantino Maurício. No mesmo século a festa da Dormição foi introduzida também em Roma pelo Papa Sérgio I, de origem oriental. Foi em 687, quando, em procissão, foi até a basílica de Santa Maria Maior, celebrar o Santo Ofício. Mas foi preciso transcorrer um outro século para que o nome "dormição" cedesse o lugar àquele mais explicito de assunção", usado até os nossos dias.

A morte de Nossa Senhor foi suave, chamada de "dormição". (3)

Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a "dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai São Dionísio Aeropagita, discípulo de São Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato. Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria.

São João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo.

Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.

São Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Do túmulo se exalava um perfume de suavidade celestial! Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável.

Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.

Fonte: (1)Arquidiocese de Fortaleza - (2)Edições Paulinas - (3)Lepanto.com.br
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