Ó Deus, que concedestes a Santa Helena, mãe de Constantino,
imperador de Roma, a graça da piedade cristã e das resolutas atividades em prol
da Verdade Histórica da fé, dai-me, a mim também, ser sempre ativo e
trabalhador pela causa do Evangelho. Amém.
Flávia Júlia Helena, esse era o seu nome completo. Nasceu em
meados do século
III (ano 250), na Bitínia, Ásia
Menor. Era descendente de uma família plebeia e tornou-se uma bela jovem,
inteligente e bondosa. Trabalhava numa importante hospedaria na sua cidade
natal quando conheceu o tribuno Constâncio Cloro. Apaixonados, casaram-se. Mas
quando o imperador Maximiano nomeou-o corregente, portanto seu sucessor, exigiu
que ele abandonasse Helena e se casasse com sua enteada Teodora. Isso era
possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.
O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto, levou consigo
para Roma o filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que
ficou separada do filho por 14 anos. Com a morte do pai em 306, Constantino
mandou buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e
tornado uma cristã fervorosa e piedosa.
O jovem Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena,
conseguiu assumir o trono como o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se
governador; depois, o supremo e incontestável imperador de Roma, recebendo o
nome de Constantino, o Grande. Para tanto, teve de vencer seu pior adversário,
Maxêncio, na histórica batalha travada, em 312, às portas de Roma.
Conta a história que, durante a batalha contra Maxêncio, seu
exército estava em desvantagem. Influenciado por Helena, que tentava
convertê-lo, Constantino teve uma visão. Apareceu-lhe uma cruz luminosa no céu
com os seguintes dizeres: "Com este sinal, vencerás". Imediatamente,
mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente, venceu a batalha.
Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente, toda e qualquer
perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de Milão, em 313, pelo
qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a Helena o honroso título
de "Augusta".
Helena passou a dedicar-se à expansão da evangelização e
crescimento do cristianismo em todos os domínios romanos. Às custas do Império,
patrocinou a construção de igrejas católicas nos lugares dos templos pagãos, de
mosteiros de monges e monjas e ajudou a organizar as obras de assistência aos
pobres e doentes. Depois, apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a
Palestina, visitar os lugares da Paixão de Cristo. Lá supervisionou a
construção das importantes basílicas erguidas nos lugares santos, dentre elas a
da Natividade e a do Santo Sepulcro, que existem até hoje. Conta a tradição que
Helena ajudou, em Jerusalém, o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de
Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher
agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.
Pressentindo que o fim estava próximo, voltou para junto de
seu filho, Constantino, morrendo em seus braços, aos 80 anos de idade, entre 328 e 330.
O culto a santa Helena, celebrado no dia 18 de agosto, é um dos mais antigos da
Igreja Católica. Algumas de suas relíquias são veneradas na basílica dedicada a
ela em Roma.
Fonte: Edições Paulinas -
asj.org.br
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