Trigo de Cristo, moído nos dentes das
feras. Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando
eu chegar a Deus. Eu ainda estou exposto ao perigo, mas o Pai é fiel, em Jesus
Cristo, para atender minha oração e a vossa. Que sejais encontrados nele sem
reprovação. (Santo Inácio)
Inácio foi bispo de Antioquia da Síria entre 68 e 100 ou 107, discípulo
do apóstolo João, também conheceu São Paulo e foi sucessor de São Pedro na
igreja em Antioquia. Segundo Eusébio de Cesareia, Inácio foi o terceiro bispo
de Antioquia da Síria e segundo Orígenes teria sido o segundo bispo da cidade.
No centro do Coliseu romano, o bispo cristão aguarda ser trucidado pelas
feras, enquanto a multidão exulta em gritos de prazer com o espetáculo
sangrento que vai começar. Por sua vez, no estádio, cristãos incógnitos,
misturados entre os pagãos, esperam, horrorizados, que um milagre salve o
religioso. Os leões estão famintos e excitados com o sangue já derramado na
arena. O bispo Inácio de Antioquia, sereno, esperava sua hora pronunciando com
fervor o nome do Cristo.
Foi graças a Inácio que as palavras cristianismo e Igreja Católica
surgiram. Era o início dos tempos que mudaram o mundo, próximo do ano 35 da era cristã, quando ele
nasceu. Segundo os estudiosos, não era judeu e teria sido convertido
pela primeira geração de cristãos, os apóstolos escolhidos pelo próprio Jesus.
Cresceu e foi educado entre eles, depois sucedeu Pedro no posto de bispo de
Antioquia, na Síria, considerada a terceira cidade mais importante do Império
Romano, depois de Roma e Alexandria, no Egito. Gostava de ser chamado Inácio
Nurono. Inácio deriva do grego "ignis", fogo, e Nurono era nome que
ele mesmo dera a si, significando "o portador Deus". Desse modo viveu
toda a sua vida: portador de Deus que incendiava a fé.
Mas sua atuação logo chamou a atenção do imperador Trajano, que decretou
sua prisão e ordenou sua morte. Como cristão, deveria ser devorado pelas feras
para diversão do povo ávido de sangue. O palco seria o recém-construído Coliseu.
A viagem de Inácio, acorrentado, de Antioquia até Roma, por terra e mar,
foi o apogeu de sua vida e de sua fé. Feliz por poder ser imolado em nome do
Salvador da humanidade, pregou por todos os lugares por onde passou, até no
local do martírio. Sua prisão e condenação à morte atraiu todos os bispos,
clérigos e cristãos em geral, de todas as terras que atravessou. Multidões
juntavam-se para ouvir suas palavras. Durante a viagem final, escreveu sete
cartas que figuram entre os escritos mais notáveis da Igreja, concorrendo em
importância com as do apóstolo Paulo. Em todas faz profissão de sua fé, e
contêm ensinamentos e orientações até hoje adotados e seguidos pelos católicos,
como ele tão bem nomeou os seguidores de Jesus.
Numa dessas cartas, estava o seu especial pedido: "Deixai-me ser
alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu seja triturado pelos
dentes dos leões para tornar-me um pão digno de Cristo". Fazia-o sabendo
que muitos de seus companheiros poderiam influenciar e conseguir seu perdão
junto ao imperador. Queria que o deixassem ser martirizado. Sabia que seu
sangue frutificaria em novas conversões e que seu exemplo tocaria o coração dos
que, mesmo já convertidos, ainda temiam assumir e propagar sua religião.
Em Roma, uma festa que duraria cento e vinte dias tinha prosseguimento.
Mais de dez mil gladiadores dariam sua vida como diversão popular naquela
comemoração pela vitória em uma batalha. Chegada a vez de Inácio, seus
seguidores e discípulos esperavam, ainda, o milagre. Que não viria, porque assim desejava o bispo
mártir. Era
o dia 17 de outubro de 107, sua trajetória terrena entrava para a
história da humanidade e da Igreja.
Onde está o Bispo, aí está a comunidade, assim como
onde está Cristo Jesus aí está a Igreja Católica.
(Santo
Inácio)
SOBRE A
EUCARISTIA:
"Ficam
longe da Eucaristia e da oração, porque não querem reconhecer que a Eucaristia
é a Carne do nosso Salvador, Jesus Cristo, a qual padeceu pelos nossos pecados
e a qual o Pai, na Sua bondade, ressuscitou. Estes, que negam o dom de Deus,
encontram a morte na mesma contestação deles. Seria melhor para eles que
praticassem a caridade, para depois ressuscitar."
SOBRE A VIRGEM
MARIA: “E permaneceram
ocultos ao príncipe desse mundo a Virgindade de Maria e seu parto, bem como a
morte do Senhor: três mistérios de clamor, realizados no silêncio de Deus".
SOBRE O DOMINGO: Santo Inácio declara que
os cristãos herdeiros da Nova Aliança não guardam mais o sábado, mas se reúnem
no dia do Senhor (o domingo): "Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas
chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor,
em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte. Alguns negam
isso, mas é por meio desse mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos
para ser discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre".
Fonte:
sefras.org.br/site/?p=6854 - pt.wikipedia.org/wiki/Inácio_de_Antioquia
Foto retirada da internet
caso seja o autor, por favor, entre em contato para citarmos o credito.
DEIXE SEU PEDIDO DE ORAÇÃO
Fique com Deus e sob a
proteção da Sagrada Família
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja
Católica
Se
desejar receber nossas atualizações de uma forma rápida e segura, por favor,
faça sua assinatura, é grátis.
Acesse nossa pagina: https://ocristaocatolico.blogspot.com.br/ e cadastre seu e-mail para recebimento automático,
obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude-nos a melhorar nossa evangelização, deixe seu comentário. Lembre-se no seu comentário de usar as palavras orientadas pelo amor cristão.
Revista: "O CRISTÃO CATÓLICO"
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica