Ó Deus, que tornastes Santa Margarida
da Escócia admirável por sua imensa caridade para com os pobres, dai-nos ser,
por sua intercessão e exemplo, um reflexo da vossa bondade. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Uma rainha tão boa para os súditos que, embora estrangeira, foi
profundamente amada por eles. Uma mulher tão cheia de fé que soube mostrar como
uma coroa real pode unir-se à coroa da fé. Através do exemplo de sua vida
pessoal, levou um país inteiro ao cristianismo, desde a sua época até hoje.
Assim foi a rainha Margarida, a santa protetora do povo escocês.
Nascida
em 1046, na Hungria, era uma mulher da nobreza, de grande devoção cristã,
culta, inteligente, e possuidora de uma sutil e fina diplomacia. As questões
políticas levaram-na a asilar-se na Escócia, onde conheceria seu futuro marido.
Sua mãe, Águeda, irmã da rainha da Hungria, descendia de Santo Estevão e de
Eduardo, pretendente ao trono da Inglaterra, expulso pelo usurpador rei Canuto.
Numa época tão conturbada, mesmo depois da morte desse último, somente a
Escócia conseguiu dar abrigo seguro a essa família real para escapar de
atentados fatais.
Não demorou muito para que o rei Malcom III se encantasse com a sua
delicada e nobre figura, de personalidade forte e frágil ao mesmo tempo, e a
pediu em casamento. Margarida tinha, então, vinte e três anos e aceitou, porque
assim agindo compreendeu que poderia melhor levar a mensagem de Cristo ao povo
escocês, ainda pagão.
Seu marido não era uma pessoa má, nem violenta, mas sim um pouco rude e
ignorante. Não sabia ler, por isso tinha grande respeito por sua mulher
instruída. Beijava o livro de orações que ela lia junto dele com devoção e
sempre pedia seus conselhos. A rainha, pacientemente e pouco a pouco,
alfabetizou-o, sem nunca se sobrepor à sua autoridade. Ela era discreta,
modesta e humildemente respeitosa à sua condição de chefe de um povo e uma
nação. Quando o rei Malcom III foi tocado pela fé, converteu-se e foi batizado.
Essa atitude do rei mudou completamente os destinos do país, pois o povo
também se converteu. O casal teve oito filhos, seis homens e duas mulheres, que
receberam instrução e educação cristã necessária aos nobres. O rei também
passou a ter uma visão cristã na compreensão dos problemas de seus súditos, e
os tratou com total consideração, respeito, bondade e justiça.
No palácio, a rainha continuou a partilhar, diariamente, em sua própria
mesa, com órfãos, viúvas, pedintes e velhos desamparados. O rei compartilhava
dessa alegria e das obras beneficentes em socorro e amparo aos excluídos.
Fundaram muitas igrejas, mosteiros e conventos. Segundo a história da Escócia,
foi um período de reinado justo, próspero e feliz para o povo e para a nação.
A rainha Margarida tinha apenas quarenta e seis anos quando foi
acometida de grave doença. E resistiu pouco tempo depois que recebeu a notícia
da morte do seu marido e do filho mais velho, que caíram combatendo no castelo
de Aluwick. Morreu
no dia 16 de novembro de 1093, na cidade de Edimburg, e foi sepultada
em Dunferline, Escócia.
Venerada ainda em vida pela santidade, foi canonizada, em 1251, pelo
papa Inocêncio IV. O culto que celebra Santa Margarida da Escócia com grande
festa ocorre no dia de sua morte, em todo o mundo católico.
Fonte:
Edições Paulinas - Missal cotidiano
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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