São Josafá Kuncewicz - Bispo e Mártir - 12 de novembro

Suscitai, ó Deus, na vossa Igreja o Espírito que impeliu o bispo São Josafá a dar a vida por suas ovelhas e concedei que, por sua intercessão, fortificados pelo mesmo Espírito, estejamos prontos a dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém.

Deus é testemunha do meu caráter. Ele vê dentro do meu coração e conhece meus propósitos e ações. Por nenhum mau exemplo ou ações despropositadas guiei os cidadãos de Polotsk e demais moradores da minha diocese. Não há a menor indicação de severidade de minha parte que possa ser alegada como causa para tal rebelião. Nunca conduzi ninguém contra a sua vontade a unir-se a Igreja de Roma e disto não encontrarás prova alguma.


Minha posição como cabeça da Igreja obriga-me a defender os direitos da Igreja que os cismáticos ameaçam tomar à força. Eu fiz tudo de maneira correta e pacífica, tendo por inspiração e ideal Santo Ambrósio e São João Crisóstomo, que realizaram tão grandes trabalhos para a glória de Deus enfrentando todos os obstáculos.

Se estes santos tivessem visto nos seus tempos tantas más ações contra o Senhor como eu tenho visto, eles fariam muito mais do que eu tenho feito. Não vejo outro motivo para a ação dos cismáticos que a inveja pelo fato de navegarmos na mesma barca do maior capitão, o verdadeiro sucessor de Cristo. Esta barca nunca navegou por águas tranquilas, mas sempre nas tempestades.

Os cismáticos organizam combates e depois reclamam que estão feridos. Não é isso diretamente oposto aos ensinamentos de Cristo? (Defesa de São Josafá, contra a acusação de usar a força para obrigar as pessoas a unirem-se a Roma).

Tudo na vida de João Kuncewics aconteceu cedo e rápido. Nascido de família cristã ortodoxa da Ucrânia, em 1580, estudou filosofia e teologia. Aos 24, tornou-se monge na Ordem de São Basílio (1604), recebendo o nome de Josafá. Em pouco tempo, era nomeado superior do convento e, logo depois, arquimandrita de Polotsk. Com apenas 37 anos, assumiu, embora a contragosto, o arcebispado de Polotsk (1617).

Dizem os escritos antigos que a brilhante carreira era plenamente justificada pelos seus dotes intelectuais e, principalmente, pelo exemplo de suas virtudes, obediência total à disciplina monástica e à prática da caridade. Exemplo disso foi quando, certa vez, sem ter como ajudar uma viúva que passava necessidades, penhorou o pálio de bispo para conseguir dinheiro e socorrê-la.

Vivia-se a época do cisma provocado pelas igrejas do Oriente e Josafá foi um dos grandes batalhadores pela união delas com Roma, tendo obtido vitória em muitas das frentes de batalha. Josafá defendia com coragem a autoridade do papa e o fim do cisma, com a consequente união das igrejas. Pregava e fazia questão de seguir os ensinamentos de Jesus numa só Igreja, sob a autoridade de um único pastor. Sua luta incansável reconquistou muitos hereges e ele é considerado o responsável pelo retorno dos rutenos ao seio da Igreja. Embora outras igrejas do Oriente não o tenham seguido, foi uma vitória histórica e muito importante.

Atuando dessa forma e tendo as origens que tinha, é evidente que sofreria represálias. Foi vítima de calúnias, difamação, acusações absurdas e uma oposição ameaçadora por parte dos que apoiavam o cisma. Em uma pregação, chegou a prever que seu fim estava próximo e seria na mão dos inimigos. Até mesmo avisou "as ovelhas do seu rebanho", como dizia, de que isso aconteceria. Mas não temia por sua vida e jamais deixou de lutar.

Em uma das visitas às paróquias sob sua administração, sua moradia foi cercada e atacada. Muitas pessoas da comitiva foram massacradas. O arcebispo Josafá, então, apresentou-se aos inimigos perguntando por que matavam seus familiares se o alvo era ele próprio. Impiedosamente, a multidão maltratou-o, torturou-o, matou-o e jogou seu corpo em um rio.

Tudo ocorreu no dia 12 de novembro de 1623, na cidade de Vitebsk, na Bielorússia. Seu corpo, depois, foi recuperado e venerado pelos fiéis. Mais tarde, os próprios responsáveis pelo assassinato do arcebispo foram presos, julgados, condenados e acabaram convertendo-se, escapando da pena de morte. Foi beatificado em 1643 e canonizado por Pio IX em 29 de junho de 1867. São Josafá Kuncewics, considerado pelos estudiosos atuais da Igreja o precursor do ecumenismo que vivemos em nossos dias.

Fonte: Edições Paulinas - Missal Cotidiano - Paróquia São Roque
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