Deus nosso Pai, vós conduzistes os passos de Santo Adriano,
confiando-lhe a missão de anunciar a Boa Nova do Evangelho da Libertação. Nós
vos pedimos Senhor, conduzi nossos passos e dai-nos cumprir fielmente a missão
que também a nós confiastes: anunciar aos homens de nosso tempo, com nossas
palavras e ações, a esperança de libertação que nos trazeis com a ressurreição
de vosso Filho, Jesus Cristo.
Iluminemo-nos, nós vos pedimos, nos momentos de
trevas; fortalecei-nos quando o desânimo quiser nos abater; aumentai a nossa
fé, quando vacilarmos, e dai-nos desejar ardentemente os novos céus e a nova
terra: um mundo cheio do vosso santo amor, onde não exista nem fome, nem
gemidos, nem morte, nem desespero final. E que possamos em toda parte dar
testemunho de que o vosso Reino já está no meio de nós, agindo com força e
poder.
Adriano nasceu no ano 635 no norte da África e foi
batizado com o nome de Hadrian. Tinha apenas cinco anos de idade quando sua
família imigrou para a cidade italiana de Nápolis, pouco antes da invasão dos
árabes. Lá estudou no convento dos beneditinos de Nerida, onde se consagrou
sacerdote.
Adriano se tornou um estudioso da Sagrada Escritura,
profundo conhecedor de grego e latim, professor de ciências humanas e teologia.
A fama de sua capacidade e conhecimento chegou ao imperador Constantino II que
em 663 o fez seu embaixador junto ao papa Vitalino, função que exerceu duas
vezes. Depois, este papa o nomeou como um dos seus conselheiros.
Quando morreu o bispo da Cantuária, Inglaterra, o papa
Vitalino convidou Adriano para assumir aquele cargo, mas ele recusou a
indicação duas vezes, alegando não ter suficiente competência para ocupar esse
posto. O papa lhe pediu para que indicasse alguém mais competente, pois ele
mesmo não conhecia.
Nesta ocasião Adriano havia se encontrado com seu grande
amigo, o teólogo grego e monge beneditino Teodoro de Tarso que estava em Roma.
Adriano o indicou ao papa Vitalino. Consultado, Teodoro disse que estava
disposto a aceitar, mas somente se Adriano concordasse em ir para a Inglaterra
ajudá-lo na missão evangelizadora. Adriano aceitou de imediato. O papa
consagrou Teodoro, bispo da Cantuária e nomeou Adriano seu assistente e
conselheiro, em 668.
Ele chegou à Inglaterra um ano depois, pois foi detido
durante a viagem, na França sob suspeita que tinha uma missão secreta do
imperador Constantino II, para os reis ingleses, mas foi solto ao atestarem a
sua integridade de sacerdote.
Adriano e Teodoro foram evangelizadores altamente bem
sucedidos, junto ao povo inglês cuja maioria era pagã. O bispo Teodoro, logo
colocou Adriano como abade do convento beneditino de São Pedro, depois chamado
de Santo Agostinho, na Cantuária. Sob sua liderança, esta escola se tornou um
centro de aprendizagem e formação de clérigos para a Igreja dos povos
anglicanos.
Adriano viveu neste país durante trinta e nove anos,
totalmente dedicados ao serviço da Igreja. Nele os ingleses encontraram um
pastor cheio de sabedoria e piedoso, um verdadeiro missionário e instrumento de
Deus. Muitos se iluminaram com os seus exemplos de vida profundamente
evangélica.
Morreu em 9 de janeiro de 710, foi enterrado
no cemitério daquele convento, na Inglaterra. A sua sepultura se tornou um
lugar de graças, prodígios e peregrinação. Em 1091, o seu corpo foi encontrado
incorrupto e trasladado para a cripta da igreja do mesmo convento. Adriano foi
proclamado Santo pela Igreja, que o festeja no dia em que morreu.
Fonte: Edições Paulinas
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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