Meu Deus, amor infinito de minha
alma, alimento e sustento eterno, infinito, imenso, incompreensível da minha
pobre alma, tu vês quando sou fraco, deformado, chagado, porque não me
alimentei de ti, como podia e devia. Ao Contrário, andei alimentando a minha
alma de pensamentos, desejos e afetos, todos terrenos, brutais, de morte e de
morte eterna e abandonei com horrível ingratidão, a ti, que és o alimento da
vida eterna.
Concede-me a graça de uma perfeita
contrição da minha ingratidão e de todos os meus pecados e a graça de levar uma
vida toda desapegada dos prazeres terrenos e toda entregue à prática da santa
oração e meditação e fazer a tua santíssima vontade em todos os meus deveres, a
fim de manter a minha alma sempre preparada, disposta e apegada a Ti Pai, Filho
e Espírito Santo e a todos os teus infinitos atributos e ser eu transformado em
Ti de modo que chegue a ser semelhante a ti na glória. Amém. (Vicente Pallotti)
São Vicente Pallotti nasceu em Roma, dia 21 de abril de 1795, numa
família de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres,
crescendo generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e
dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo. Passava as
férias no campo, na casa do tio, onde distribuía aos empregados os doces que
recebia, gesto que o pai lhe ensinara: nenhum pobre saía de sua mercearia de
mãos vazias.
Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno,
voltava para casa sem os sapatos e o casaco. Pallotti admirava Francisco de
Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde.
Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma, onde ocupou cargos
importantes na hierarquia da Igreja. Muito culto obteve o doutorado em
Filosofia e Teologia.
Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a
santidade. Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das
atividades apostólicas. É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio
Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou para o apostolado dos
leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs.
Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da
miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.
Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do
batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação de trabalhar pela
pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes. Esta ação de
apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos foi sem dúvida
seu carisma de inspiração visionária. Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico,
que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações
evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas
Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.
Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinquenta
e cinco anos de idade. De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um
pobre, adquirindo a doença que o vitimou. Assim sendo não pôde ver as duas
famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras
indicando sempre algum erro. Com certeza um engano abençoado, pois a
continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja
necessitava. Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de
sua canonização.
O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e
"verdadeiro operário das missões". Em 1963, as suas ideias e carisma
espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou
Vicente Pallotti, Santo.
Mais do que o talento e a capacidade do pregador, é
a oração que torna fecundo o anúncio do evangelho. (S. Vicente Pallotti)
Nasceu: Roma, dia 21 de abril de 1795
Faleceu: Roma, no dia 22 de janeiro 1850
Beatificação: 22 de janeiro de 1950, Papa Pio XII
Canonização: 20 janeiro de 1963, Papa João XXIII
Celebração litúrgica: 22 de janeiro
Fonte: Paulinas.org.br - Católicos Tradicionais
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