Visões do Inferno - 3ª Parte - Irmã Josefa Menendez

Hoje, o demônio gritava com raiva por que uma alma lhe escapava:

- Excitai-lhe o temor! Desesperai-a. Ah! Se ela confiar na Misericórdia Daquele (e blasfemava de Nosso Senhor) estou perdido! Mas, não! Enchei-a de medo, não a deixeis um só instante e, sobretudo desesperai-a.

Então, o inferno se encheu com um só grito de raiva e, quando o demônio me lançou fora do abismo, continuou a ameaçar-me. Dizia, entre outras coisas:

- Será possível... Será verdade que criaturas fracas tenham mais poder do que eu que sou tão poderoso! Mas esconder-me-ei para passar despercebido!... O cantinho menor me basta para colocar uma tentação: Atrás de uma orelha, nas folhas de um livro, de baixo de uma cama... algumas não fazem caso de mim, mas eu falo, falo... a custa de falar ficam algumas palavras... Sim, hei de esconder-me em lugar onde não me encontrem.

Vi caírem muitas almas. Entre elas, uma menina de 15 anos que amaldiçoava os próprios pais, porque não lhes haviam ensinado o temor de Deus, nem que existia o inferno. Dizia que sua vida, embora curta, tinha sido cheia de pecados, porque se considera a si mesma todas as satisfações que seu corpo e suas paixões exigiam dela. Acusava-se principalmente de ter lido maus livros.

Hoje, vi um vasto número de pessoas caírem no abismo ardente. Pareciam ser gente rica, bem vivedora e opulenta e um demônio berrou:

- O mundo é maduro para mim.' Sei que a melhor maneira de caçar almas é alimentar o seu desejo de prazer... Eu primeiro que ninguém... Eu antes que os outros... Nenhuma humildade para mim! Deixa que os demais louvem-me... Esta triagem de coisas assegura a minha vitória... e eles lançam-se de cabeça para o inferno.

Certas almas amaldiçoavam a vocação que tinham recebido e à qual não haviam correspondido... a vocação que haviam perdido, por que não tinham querido viver escondidas e mortificadas.

Uma vez em que fui ao inferno, vi muitos padres, religiosos e religiosas que amaldiçoavam seus Votos, suas Ordens, seus Superiores, e tudo o que teria podido dar-lhes a luz e a graça que haviam perdido... Vi também prelados... Um se acusava a si mesmo de ter usado ilegitimamente de bens que não lhe pertenciam. Padres amaldiçoavam a própria língua que consagrara, os dedos que tocaram em Nosso Senhor, as absolvições que haviam dado sem saberem salvar-se a si mesmos, a ocasião que os havia levado ao inferno... Um padre dizia: - Comi veneno, servi-me de dinheiro que não me pertencia... e se acusava de ter usado o dinheiro que lhe haviam dado para missas, sem as dizer. Outro dizia que pertencia a uma sociedade secreta na qual traíra a Igreja e a religião e que, por dinheiro, facilitara horríveis sacrilégios e profanações.

Instantaneamente, achei-me no inferno, mas sem ter sido arrastada como das outras vezes. A alma aí se precipita por si mesma, como se desejasse desaparecer da vista de Deus para poder odiá-lo e amaldiçoa-Lo. A minha alma deixou-se cair num abismo cujo fundo não se pode ver, pois, é imenso!... Imediatamente, ouvi outras almas se regozijarem vendo-me nos mesmos tormentos.

Ouvir aqueles horríveis gritos já é um martírio, mas creio que nada é comparável em dor à sede de maldição que se apodera da alma e, quanto mais maldizemos, mais aumenta a sede. Nunca tinha experimentado aquilo.

Outrora, a minha alma ficava cheia de dor diante daquelas horríveis blasfêmias, embora não pudesse produzir nem um ato de amor. Mas, hoje se dava o contrário! Vi o inferno como sempre, longos corredores, cavidades, fogo... ouvi as mesmas almas a gritar e a blasfemar, pois - como já escrevi muitas vezes - embora se vejam as formas corporais, sentem-se os tormentos como se os corpos estivessem presentes e as almas se reconhecem. Gritavam: - Olá, aqui estás! Como nós!... Éramos livres de não fazer aqueles votos (religiosa)!... mas agora... e maldiziam seus votos. Então fui empurrada para aquele nicho inflamado e esmagada como entre duas tábuas ardentes e como se ferros e ponta em brasa se me enfiassem no corpo.

Senti como se quisessem, sem o conseguir, arrancar-me a língua, tormento que me reduzia aos extremos da dor. Os olhos pareciam sair-me das órbitas, creio que por causa do fogo que tanto os queimava! Não havia uma só unha que não sofresse horríveis tormentos. Não se pode nem mover um dedo para buscar alívio, nem mudar de posição, o corpo fica como que achatado e dobrado pelo meio. Os ouvidos são acabrunhados com os tais gritos de confusão que não cessam um só instante. Um cheiro nauseabundo e repugnante asfixia e invade tudo; é como se carne em putrefação estivesse queimando com piche e enxofre... mistura que não se pode comparar a coisa alguma deste mundo.

Tudo o que estou escrevendo, não é senão uma sombra ao lado do que a alma sofre, pois, não há palavras que possam exprimir tormento semelhante.

Irmã Josefa Menéndez (1890-1923) recebeu mensagens de Jesus no convento da Sociedade do Sagrado Coração de Jesus en Les Feuillants, em Poitiers, França, entre 1920 e 1923. O então Cardeal Eugênio Pacelli, depois Papa Pio XII, aprovou a divulgação.

Visões do Inferno - 1ª Parte

Visões do Inferno - 2ª Parte

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